quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Compromisso de Honra - Prólogo



 Nasci no final dos anos 80. Na viragem para uma nova era da música portuguesa. A modernidade assolava gradualmente este mundo e cantava-se em português (muito mais que hoje em dia, aliás).
Cresci a ouvir a Rádio Renascença e a já extinta Rádio Clube Português, os discos de vinil dos meus pais e as cassetes da minha irmã. A ver o Top + e o Made In Portugal. Acompanhei, na minha modesta condição de ouvinte, espectadora e portuguesa, o crescimento dos artistas do nosso país, alguns dos quais, por quem, devo confessar, ainda hoje nutro especial simpatia.
Lembro-me do tempo em que não havia qualquer distinção expressa e assumida entre a recentemente proclamada "música pimba" e a música ligeira. A distinção estava nos gostos das elites das editoras que escolhiam quem iria gravar o próximo disco e quem ficava pelo caminho. Houve uma altura em que não era assim tão chocante ter uma cassete do Quim Barreiros no carro junto com uma do Rui Veloso e outra da Simone de Oliveira. Ou então era a minha perspectiva infantil e inocente que me fazia pensar assim.
Desta forma, desprendida de rótulos, numa reminiscência dos tempos da minha infância e pré-adolescência, pretendo, com este blog, levar o leitor comigo numa viagem no tempo, de forma leve, despretensiosa e, espero eu, bem humorada. 
Nenhum dos meus posts terá qualquer intenção de difamar, insultar, denegrir, desprezar, desonrar ou inferiorizar nenhum artista nem nenhuma criação artística, bem como todas as pessoas que nela se envolvem. Pelo contrário, espero antes, com a sátira na algibeira, conseguir tornar este blog numa homenagem à música portuguesa que marcou várias gerações, nomeadamente a minha.



C.B.

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